segunda-feira, 4 de setembro de 2017

...ReFlExÃo...

Não sou de postar textos de outras pessoas, mas algumas vezes somos surpreendidos por coisas tão maravilhosas que o único sentimento possível é o de compartilhar. Compartilhar com a maior quantidade de pessoas que eu possa, fazer com que o mundo inteiro leia e releia esse texto, que as pessoas acordem e assistam esse vídeo. E que no fim, possamos tirar pelo menos 1% de aproveitamento e finalmente evoluirmos.

O Pálido Ponto Azul (Reflexão de Carl Sagan)

A espaçonave estava bem longe de casa. Eu pensei que seria uma boa idéia, logo depois de Saturno, fazer ela dar uma ultima olhada em direção de casa.

De saturno, a Terra apareceria muito pequena para a Voyager apanhar qualquer detalhe, nosso planeta seria apenas um ponto de luz, um “pixel” solitário, dificilmente distinguível de muitos outros pontos de luz que a Voyager avistaria: Planetas vizinhos, sóis distantes. Mas justamente por causa dessa imprecisão de nosso mundo assim revelado valeria a pena ter tal fotografia.

Já havia sido bem entendido por cientistas e filósofos da antiguidade clássica, que a Terra era um mero ponto de luz em um vasto cosmos circundante, mas ninguém jamais a tinha visto assim. Aqui estava nossa primeira chance, e talvez a nossa última nas próximas décadas.

Então, aqui está – um mosaico quadriculado estendido em cima dos planetas, e um fundo pontilhado de estrelas distantes. Por causa do reflexo da luz do sol na espaçonave, a Terra parece estar apoiada em um raio de sol. Como se houvesse alguma importância especial para esse pequeno mundo, mas é apenas um acidente de geometria e ótica. Não há nenhum sinal de humanos nessa foto. Nem nossas modificações da superfície da Terra, nem nossas maquinas, nem nós mesmos. Desse ponto de vista, nossa obsessão com nacionalismo não aparece em evidencia. Nós somos muito pequenos. Na escala dos mundos, humanos são irrelevantes, uma fina película de vida num obscuro e solitário torrão de rocha e metal.

Considere novamente esse ponto. É aqui. É nosso lar. Somos nós. Nele, todos que você ama, todos que você conhece, todos de quem você já ouviu falar, todo ser humano que já existiu, viveram suas vidas. A totalidade de nossas alegrias e sofrimentos, milhares de religiões, ideologias e doutrinas econômicas, cada caçador e saqueador, cada herói e covarde, cada criador e destruidor da civilização, cada rei e plebeu, cada casal apaixonado, cada mãe e pai, cada crianças esperançosas, inventores e exploradores, cada educador, cada político corrupto, cada “superstar”, cada “lidere supremo”, cada santo e pecador na história da nossa espécie viveu ali, em um grão de poeira suspenso em um raio de sol.

A Terra é um palco muito pequeno em uma imensa arena cósmica. Pense nas infindáveis crueldades infringidas pelos habitantes de um canto desse pixel, nos quase imperceptíveis habitantes de um outro canto, o quão frequentemente seus mal-entendidos, o quanto sua ânsia por se matarem, e o quão fervorosamente eles se odeiam. Pense nos rios de sangue derramados por todos aqueles generais e imperadores, para que, em sua gloria e triunfo, eles pudessem se tornar os mestres momentâneos de uma fração de um ponto. Nossas atitudes, nossa imaginaria auto-importancia, a ilusão de que temos uma posição privilegiada no Universo, é desafiada por esse pálido ponto de luz.

Nosso planeta é um espécime solitário na grande e envolvente escuridão cósmica. Na nossa obscuridade, em toda essa vastidão, não ha nenhum indicio que ajuda possa vir de outro lugar para nos salvar de nos mesmos. A Terra é o único mundo conhecido até agora que sustenta vida. Não ha lugar nenhum, pelo menos no futuro próximo, no qual nossa espécie possa migrar. Visitar, talvez, se estabelecer, ainda não. Goste ou não, por enquanto, a terra é onde estamos estabelecidos.

Foi dito que a astronomia é uma experiência que traz humildade e constrói o caráter. Talvez, não haja melhor demonstração das tolices e vaidades humanas que essa imagem distante do nosso pequeno mundo. Ela enfatiza nossa responsabilidade de tratarmos melhor uns aos outros, e de preservar e estimar o único lar que nós conhecemos… o pálido ponto azul. 
 


terça-feira, 29 de agosto de 2017

...QuAtRo AnOs DePoIs...



 
Já estamos em 2017, e lá se foram quatro anos desde que escrevi alguma coisa por aqui. Abro um parenteses para informar que por ter vários e-mails, profissionais e pessoais, eu havia me esquecido completamente do meu login referente a esse Blog e consequentemente da senha, mas fui iluminada nessa maravilhosa manhã de terça-feira e com alguns cliques e mensagens no celular, consegui recuperá-lo. 
O interessante é que nesses quatro anos, por diversas vezes tentei recuperar esse blog, mas acho que cada coisa acontece na hora certa, naquela época não tinha muito o que escrever, e por mais que alguns escritores, compositores e afins digam que não há necessidade de sofrer para escrever sobre sofrimento ou de amar para escrever sobre amor, eu discordo completamente.
Por outro lado, não é que não tive ambos os sentimentos nesses últimos quatro anos, mas é que talvez eu não tenha tido a necessidade de escrever sobre eles. 
Sobre os anos, passei bem, me apaixonei, depois a paixão virou amor, rimos, choramos, rimos, brigamos, nos divertimos, gritamos um com o outro, rimos novamente, fomos companheiros, brigamos mais vezes que posso contar, fomos parceiros de crime, rimos mais um pouco, brigamos e depois nos separamos. 
Aconteceu muita coisa, mas talvez a melhor forma de resumir é nomeando sentimentos durante o maravilhoso e fatídico relacionamento, até porque a maioria deles foram bons sentimentos e a melhor parte com toda certeza foram as risadas (de nervoso, de raiva, de felicidade, de amor, de bobeiras ditas). Mas o fim chegou pra ele, como chega para todas as coisas no mundo, foi como dizem por ai, a gente vai cansando de muita coisa, avisa que esta cansando, avisa, avisa, aí o amor começa a diminuir e de repente a gente cansa de avisar e vai viver outra coisa que não nos canse tanto. (digo isso para ambos os lados)
De toda forma, é inegável que foram anos maravilhoso e bem vividos, além disso não se pode negar o aprendizado que fica pra vida toda.
A vida profissional, seguiu quase o mesmo caminho (dei risadas, chorei, briguei, fiquei inconformada, dei risada novamente, faltou motivação, pensei em desistir, agradeci pelo que tenho, fiquei cansada mas continuo aqui) com muitas derrotas e vitórias, e espero que eu resista mais um tempo.
As amizades talvez tenham sido os piores/melhores acontecimentos, perdi amigos (não, eles não morreram), simplesmente não somos mais como eramos antigamente, e por mais que eu sempre diga que prezo mais pelos amigos do que pelos meus relacionamentos amorosos, eu fui a culpada. Até tentei resolver algumas vezes, mas não fui capaz. Em contrapartida conheci pessoas maravilhosas, fiz novos amigos, e conservei alguns que espero levar pro resto da vida.
Resumindo, estou bem, apesar de estar em uma fase que não consigo me explicar muito, porquê as vezes me sinto tão completa, feliz e livre, já em outras bate aquela deprê e um sentimento de solidão. 
Mas acho que viver é assim mesmo, a vida sempre vai ser como lindas sextas-feiras a noite e horrorosas segundas-feiras de manhã. Não dá pra ficar bem o tempo todo, e o que alivia é saber que o inverso também não acontece.
Sobre o futuro, a gente sempre espera muitas coisas boas, aqueles típicos desejos femininos (apaixonar, casar, constitui família). Mas por enquanto, me satisfaço com uma vida profissional bem sucedida e viagens épicas.
Claro que no meio do caminho também desejo que haja muitos beijos impactantes, reuniões com os amigos, comidas maravilhosas, jogos de sextas a noite, sorrisos que façam doer a mandíbula, idas solitárias ao cinema no meio da tarde numa quarta-feira e nos momentos necessários que eu derrame algumas lágrimas (faz bem aos olhos).

quarta-feira, 24 de abril de 2013

... QuAnTo TeMpO ...


A muito tempo não passo nem escrevo por aqui. O motivo? Pra falar a verdade tenho algumas teorias. Sempre achei que era uma forma de desabafo, um refugio para os meus momentos tristes. Mas no final das contas não passa de registros de momentos que eu não quis deixar cair no esquecimento. Algumas coisas tenho certeza que eu deveria ter deixado...outras fiquei sem registrar apenas por medo, ou as vezes até mesmo por não saber por onde começar a escrever.
Tenho uma mania feia de deixar as coisas pra depois, e nessa minha mania de sempre deixar pra depois, fui me afastando daqui, de algumas coisas que eu gosto...de pessoas que preciso ver.
Mas a verdade é que tudo a nossa volta muda, as pessoas mudam e inevitavelmente nossa cabeça muda. Não me sinto mais responsável por juntar pessoas ao meu redor, por reunir meu bando de “amigos”. E pra falar a verdade, alguns se mostraram tão irreconhecíveis que nem sei mais se realmente são meus amigos.
As pessoas tem aquela mania idiota de achar que ceder é defeito. Pois é. Eu sempre fui a que cedia! Sempre quis mantê-los por perto, mesmo quando via que eram tão diferentes uns dos outros. Fui chata, insistente, persistente....e levei muito na cara até perceber que algumas pessoas infelizmente não valem a pena.
Como já disse, o tempo passa...as pessoas mudam...