sexta-feira, 3 de agosto de 2012

...EsTrELAs...



Sabe esses textos que eu publico aqui falando bobagem? Sabe esses textos falando que eu sei disso e sei daquilo? Pois é...eu não sei de nada. Eu só queria ser salva das pedras, eu só queria aprender a pegar carona nas ondas. Eu só queria poder chegar em casa e ver tudo diferente. Ver tudo bonito. Ver tudo como de fato é. Eu só queria que esta minha vontade de sair correndo durasse. Hoje eu não odiei a Capital, a viagem que faço todos os dias nem os pedreiros insensíveis dessa cidade.
Hoje eu não odiei nada nem ninguém. Eu apenas fiquei lembrando, a cada segundo, o quão azarada sou de chegar atrasada na vida alheia. Pra piorar me lembrei que não foi dessa vez que ganhei na mega. Se tivesse ganhado isso teria salvado meu dia.

Nunca imaginei que seria obrigada a apreender a me vestir novamente. Dessa vez um traje mais duro, uma armadura tamanho 38 com botas 37 pra evitar relembrar pela milésima vez todos os últimos erros de todas as pessoas que passaram ultimamente pela minha vida. Eu realmente gostaria de zerar tudo, mais ainda me pego pensando nas conversas duradouras pelo telefone, na forma educada de dizer “perdão” em vez do “desculpa” que todas as pessoas normais dizem.

Até que ter decepções não é de tão ruim, geralmente nos fazem ficar mais corajosos. Nos tornam pessoas mais diretas, sem aquela lenga.. lenga que não nós leva a lugar algum. Até paro de tentar fazer charme, porque simplesmente não tem como fazer mesmo, e começo a mentalizar uma lista de coisas que gosto e que não gosto. Pra ser sincera fiquei meio decepcionada com o lado da lista de coisas que não gosto, só consegui colocar fósforos e cobras de todas as espécies. Do outro lado: alguns amigos, sapos de todos os tipos, blog do Gabito nunes, chocolate e álcool pra variar. Pra falar a verdade nada além do que eu já esperava. Costumo me conhecer bem.
Não sou muito materialista, mais andei me apegando a algumas coisas, do tipo: tortas de limão, ligações diárias e beijos impactantes. Nada que uma dieta não faça o organismo se acostumar a viver sem. (Torço para que seja fácil assim).
Tenho que parar com essa minha mania de ser tão agora. Desse meu agora ser do tamanho do mundo. Eu estou tão cansada de assustar as pessoas. E de ser o máximo por tão pouco tempo. E de entregar tanta alma de bandeja pra tanta gente que não quer OU NÃO SABE QUERER. Mas hoje eu não odeio nenhuma dessas pessoas. E hoje eu não me odeio. Hoje eu só preciso colocar aquele meu filme preferido na parte das contrações ventriculares prematuras, acompanhada de uma boa garrafa de vinho (nem precisa ser tão boa assim) e uma caixa de chocolate.
Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota. Estou precisando fazer as pazes com essa lua maldita que fica aparecendo grandona na minha frente só pra me atormentar, com esse céu que em vez de ficar nublado faz questão de mostrar um tanto de estrela para eu tentar contar. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo. Estrela, estrela, estrela. Zilhões de vezes estrela.