terça-feira, 13 de novembro de 2012

...ReSPiRe...



Foram tantas vezes que me senti como João diante do Pé de feijão...que hoje já nem sinto tanto medo de altura assim. Já tentei fugir com os ovos de ouro, e acabei deixando caírem no meio do caminho por não conseguir carregá-los. Tropecei em meus próprios pés e quase me deixei capturar pelo gigante.
Foram diversas tentativas, todas falharam, mais obtive lições. Afinal quem não obteria?
Continuo duelando com gigantes por esse mundão a fora, mais hoje pareço saber bem em qual pé de feijão eu devo subir. E em meus próximos planos adoraria derrubar um gigante por dia, quem sabe eu ganhe uma medalha.
Estou aprendendo definitivamente que a vida é bela, que as pessoas podem sim ser felizes, que essa história de Plantar uma árvore, escrever um livro e ter um filho, realmente é a essência da felicidade.
Para alguns esse tipo de coisa pode até não fazer sentido, pode parecer terrivelmente clichê, porque sempre tem gente que acha que viemos de passagem, que não somos obrigados a fazer esforço algum.
Eu nunca pensei assim, sempre achei que existisse “Um porque? Um por onde? Um pra quem?”.
E nesses últimos dias ando me importando mais com o “Pra quem?”, afinal, enfim encontrei alguém pra quem devo direcionar meus sorrisos, dividir alegrias, contar tristezas, ser definitivamente eu mesma.
E a única coisa que quero de volta é que a pessoa continue respirando ao meu lado, por tempo indeterminado, sem cláusulas de rescisão ou multas penais....e todas essas outras baboseiras que as pessoas vivem colocando em nossa vida para dificultar nossa felicidade.

sábado, 6 de outubro de 2012

... SiGnificAdOs ...


Frejat diz que ouviu 50 receitas para esquecer... eu já ouvi mais de 100 pra viver.
Em nenhuma delas obtive sucesso, algumas queimavam no fogo alto, faltava tempero, ficava insossa. (nunca fui muito boa na cozinha mesmo).
Quando as coisas vão se acostumando a não dar certo, (por experiência própria) a gente vai se conformando com pouco, vai se tornando presidiário dos nossos próprias sentimento, das nossas palavras mal ditas (malditas).
A gente vai procurando significado pra tudo aquilo que a gente não consegue definir. Ou que a definição não seja assim tão agradável.
“O que mais me encanta nas pessoas é a capacidade que elas tem de enlouquecer”.
Tão fácil, simples assim, não conseguem achar significado para aquilo que não tem sentido na vida e deliram...transtornam.
Por essas e outra é que vale a pena abrir aspas e começar a definir as coisas que mais procuramos sentido na vida.
E sobre paixões, amor e conveniência, há quem diga que muito bem conhece, mas nem ao menos sabe o que de fato significa.
E como nada no mundo é absoluto, a gente pode se permiti descordar do Aurélio em alguns pontos:

PAIXÃO: Movimento impetuoso da alma para o bem ou para o mal. Diz-se particularmente do amor excessivo. (Minhas amigas costumam definir como: “sentimento ruim, devastador, que trás infelicidade por tempo INDETERMINADO”. Ou seja, qualquer coisa que reúna infelicidade e tempo indeterminado na mesma frase não pode ser algo bom).

AMOR: Afeição ACENTUADA de uma pessoa por outra. Grande amizade. Apego a coisas. Do verbo AMORAR. (Apego a coisas??? Fala sério até no Aurélio o “AMOR” leva desvantagem).

CONVENIENTE: Útil; proveitoso; vantajoso; interesse; descente. (Aspas para dizer que conheço diversas conveniências que se justificam pela INDECÊNCIA no sentido literal da palavra)

Pensando bem, o bom mesmo é viver sem se preocupar com os rótulos, com os significados, se permitir a ser o que quiser, mesmo que para isso tenha que aprender que o Aurélio nem sempre classifica certas as palavras.

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

...EsTrELAs...



Sabe esses textos que eu publico aqui falando bobagem? Sabe esses textos falando que eu sei disso e sei daquilo? Pois é...eu não sei de nada. Eu só queria ser salva das pedras, eu só queria aprender a pegar carona nas ondas. Eu só queria poder chegar em casa e ver tudo diferente. Ver tudo bonito. Ver tudo como de fato é. Eu só queria que esta minha vontade de sair correndo durasse. Hoje eu não odiei a Capital, a viagem que faço todos os dias nem os pedreiros insensíveis dessa cidade.
Hoje eu não odiei nada nem ninguém. Eu apenas fiquei lembrando, a cada segundo, o quão azarada sou de chegar atrasada na vida alheia. Pra piorar me lembrei que não foi dessa vez que ganhei na mega. Se tivesse ganhado isso teria salvado meu dia.

Nunca imaginei que seria obrigada a apreender a me vestir novamente. Dessa vez um traje mais duro, uma armadura tamanho 38 com botas 37 pra evitar relembrar pela milésima vez todos os últimos erros de todas as pessoas que passaram ultimamente pela minha vida. Eu realmente gostaria de zerar tudo, mais ainda me pego pensando nas conversas duradouras pelo telefone, na forma educada de dizer “perdão” em vez do “desculpa” que todas as pessoas normais dizem.

Até que ter decepções não é de tão ruim, geralmente nos fazem ficar mais corajosos. Nos tornam pessoas mais diretas, sem aquela lenga.. lenga que não nós leva a lugar algum. Até paro de tentar fazer charme, porque simplesmente não tem como fazer mesmo, e começo a mentalizar uma lista de coisas que gosto e que não gosto. Pra ser sincera fiquei meio decepcionada com o lado da lista de coisas que não gosto, só consegui colocar fósforos e cobras de todas as espécies. Do outro lado: alguns amigos, sapos de todos os tipos, blog do Gabito nunes, chocolate e álcool pra variar. Pra falar a verdade nada além do que eu já esperava. Costumo me conhecer bem.
Não sou muito materialista, mais andei me apegando a algumas coisas, do tipo: tortas de limão, ligações diárias e beijos impactantes. Nada que uma dieta não faça o organismo se acostumar a viver sem. (Torço para que seja fácil assim).
Tenho que parar com essa minha mania de ser tão agora. Desse meu agora ser do tamanho do mundo. Eu estou tão cansada de assustar as pessoas. E de ser o máximo por tão pouco tempo. E de entregar tanta alma de bandeja pra tanta gente que não quer OU NÃO SABE QUERER. Mas hoje eu não odeio nenhuma dessas pessoas. E hoje eu não me odeio. Hoje eu só preciso colocar aquele meu filme preferido na parte das contrações ventriculares prematuras, acompanhada de uma boa garrafa de vinho (nem precisa ser tão boa assim) e uma caixa de chocolate.
Achei que eu ia ser esperta pra sempre, mas para a minha grande alegria estou me sentindo uma idiota. Estou precisando fazer as pazes com essa lua maldita que fica aparecendo grandona na minha frente só pra me atormentar, com esse céu que em vez de ficar nublado faz questão de mostrar um tanto de estrela para eu tentar contar. Eu sou só uma menina que voltou a ver estrelas. E que repete, sem medo e sem fim, a palavra estrela no mesmo parágrafo. Estrela, estrela, estrela. Zilhões de vezes estrela. 

sábado, 5 de maio de 2012

... Mais Da MeSmA ...


Sabe aquela vontade imensa de sair correndo e gritando “... Viva lá vida Louca...”, dançando feito o burro falante do Shurek?! Isso nem chega a ser loucura, é mais uma válvula de escape. Tem gente que bebe, tem gente que chora e tem gente feito eu, com essa necessidade gigantesca de interpretar o Burro. (Acho mais original).
Andei pensando sobre priorizar minha linha de conhecimentos, tipo direcioná-los. Deixar de ser essa metamorfose ambulante que dialogo sobre Mitologia Grega à extinção das áreas de APP do novo Código Florestal. Afinal estou meio que ficando pra trás em outras áreas da vida. Sempre achei pessoas inteligentes muito atraentes, realmente apaixonantes. Mais incontestavelmente infelizes.

Sabe aquela frase manjada pelo R. Russo “Eu homem feito...tive medo e não consegui dormir”.  Pois é. Assumo ter medo e não conseguir dormi. Passar noites em claro pensando no que virá no final do túnel.
Estou precisando de alguém com determinação pra me explicar exatamente o que eu sinto como penso e como sou... (sem críticas, por favor!)

Afinal se você parar pra pensar na verdade. (A verdade não há). E isso deixa brecha pra sermos da forma que quisermos e não do jeito politicamente certo que a sociedade espera que sejamos.
Somos gotas d’agua, grãos de área...e culpamos os outros por tudo. Quando na realidade somos os únicos culpados pela nossa própria infelicidade.

Todos sabem que podemos fazer diversas escolhas na vida... e dentre todas que podíamos ter feito. Escolhemos o que nos parecia mais confortável. E esquecemos que confortável nunca foi sinônimo de felicidade.
Tudo parece perdido, mais existem diversas possibilidades. É necessário um plano...

Não sei esperar respostas que eu não tenho, e até penso duas vezes se alguém quiser me explicar. Coloco aquele meu sorriso bobo que mais parece um soluço e com calma sigo em frente... com toda calma do mundo.
Minha vida em livro seria um daqueles fininhos que ficam jogados empoeirados nos cantos das livrarias. Aqueles que costumam ser comprados por ninharia nas feiras de literatura. Ou quem sabe um LP (vinil) raro, que poucos tiveram e agora fica esperando ser encontrado por ai.

Deve haver algum lugar onde podemos nos justificar, onde não há essa indiferença temperada a ferro e fogo. Onde o ar não deixa nossa vista tão cansada.
Estou cheia de me sentir vazia... afinal meu corpo é quente e estou sentindo frio. Eu até devia, cantar, rolar de rir ou chorar, mais eu desaprendi essas coisas...

terça-feira, 3 de abril de 2012

... " IcEbErGs " ...


                                                                        Mundo estranho que estamos vivendo.
As pessoas andam sem olhar para os lados, estão cada vez mais parecidas com  icebergs.
A personalidade se difundiu de tal forma, que chega a faltar em muitos por ai. Somos entes despersonalizados...
Nos tornamos desconhecidos de nos mesmos. E olha que já conheci pessoas maravilhosa, do tipo a melhor entre as piores, ou a pior em ser ruim entre as mais ruins. Alguma coisa assim.
Mas o que realmente importa é que não sei nada sobre ninguém, e por mais que stalkeio um alguém qualquer, por mais que converse ou compartilhe experiências de vida, as pessoas continuam sendo uma incógnita chata a minha frente.
Pra ser sincera nem sei se me conheço. Mesmo assim com ousadia consigo me definir como ___ alguém que coleciona tiques nervosos, que tem pavor de cobras, nojo EXTREMO de fósforos e um conceito previamente formado na cabeça sobre o cheiro de pessoas ruivas e a possibilidade de extinção dos índios. Salvo índios norte-americanos. Por estes tenho respeito e admiração. São deles a maravilhosa ideia de criar o HARD ROCK CAFÉ. Bar cheio de estilo espalhado nas maiores capitais do mundo. Frequentei um na minha viagem à Buenos Aires.
O fato é que definitivamente as pessoas estão ficando desinteressantes. Acabou o conteúdo a forma clássica de flerte, aquelas coincidências maravilhosas de se encontrarem na livraria lendo o mesmo livro.
Sinto falta de uma realidade que nunca foi minha, é quase uma revolta de ter nascido no tempo errado. 
O mundo transbordava de cultura, as pessoas eram inteligentes, carinhosas e felizes, tudo ao mesmo tempo.
Hoje não passamos de seres vazios comandados pelo avançar dos números em relógios digitais. Somos satisfeitos em viver numa realidade que tem uma liberdade de expressão tão limitada quanto em tempos de ditadura.
Deviam ser bons tempos àqueles em que se viam pessoas sentadas nos parques lendo "O apanhador no Campo de centeio", e principalmente que haviam parques seguros em que sentar-se não ocasionaria perigo algum.
Pensando nessas coisas, lembro-me de diariamente escrever contos em um caderno na minha infância e guarda-lo escondido para que ninguém o lesse. Lembro de anos depois ganhar minha "ainda viva" maquina de escrever. Foi maravilhoso poder ver uma letra que não a minha grafando em folhas brancas de papel meus pensamentos inocentes. A impossibilidade de apagar o que era escrito tornava as pessoas mais inteligentes. Os pensamentos eram bem elaborados, as coisas eram cheias de sentido.
Penso que a era digital pode nos trazer diversas versões de cultura, sabedoria, felicidade...mais nenhuma delas é satisfatória.
A humanidade perdeu o gosto por comprar livros, ler clássicos, ouvir MÚSICAS (não essa merda de melódia sem letra que atormenta nossos ouvidos). Estamos nos tornando seres desprezíveis, mesquinhos, vazios.
Realmente frios...