quarta-feira, 10 de março de 2010

... Um TeXtO PrA MiM ...

...Algumas pessoas passam em nossas vidas e levam muito de nos, outras nos deixa muito delas... mas essa pessoa em especial, me ensinou muito com suas atitudes, me fez ver o lado belo, completamente facil da vida e o lado negro e incrivelmente dificil.
...Cada palavra que trocamos ainda permanece em meu subconciente, não sei porque mais tenho uma necessidade de tomar os problemas dos outros para mim, e nesse caso tentei fazer isso...acho que não deu muito certo, mas as vezes penso devo ter feito alguma diferença...
...Outro dia lembrei-me dele, da forma como nos tornamos amigos, do turbilhão de informações que ele derramou sobre mim, das suas loucas aventuras, das nossas traquinagens nos pirineus....das teorias do burraco de minhoca, de suas pizzas, dos seus livros, do seu chá mate gelado com limão....de sua família tão agradavél e recepitiva...
...Me lembrei de seus problemas, de seus defeitos e mesmo assim senti saudades... saudades daquela necessidade que eu tinha em te apoiar, e da incrivel admiração que ainda tenho por você...
...Hoje percebi o quanto nos afastamos, e agora após quase um ano senti a necessidade de escrever sobre você...talvés não foi a "ALMA GÊMEA", "A PRAIA DOS PRAZERES" e sim o "ÊXTASE" de sua necessidade de liberdade que tenha nos afastado... Mesmo assim te compreendo...
...Pra não perder o costume ainda leio seus textos...e numa dessas minhas passagens por lá encontrei aquele que fizeste para mim...não vi problemas em publica-lo aqui, afinal ele é meu, mesmo tendo todos os seus creditos...Aí está:
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Ele entrou na sala meia hora antes da aula começar. Tudo que viu foram cadeiras vazias e um rapaz sentado na primeira fileira. Sem conhecer ninguém, puxou um papo corriqueiro na intenção de familiarizar-se com as pessoas e matar o tempo que restava. Entre uma conversa e outra o rapaz o confidenciou que tinha rompido um relacionamento de dois anos, e mesmo assim, continuava a sentar ao lado da ex-namorada. - Sabe como é. – falou, ajeitando-se na cadeira. – Nós estamos acostumados a estudar juntos. Estranho, pensou. Dificilmente relacionamentos se arrastavam para a amizade e ali ficavam. Então, uma tenra curiosidade de conhecer a moça tocou o coração do rapaz. Curiosidade esta que não esperou muito tempo; até a hora de ela entrar pela porta e sentar-se entre as cadeiras que dividiam os rapazes. Os dois se cumprimentaram e ela logo entrou na conversa. Todavia, seu olhar se mostrava misterioso, e ao passo que as palavras eram ditas os dois pareciam encantados um pelo outro. - Coisa da minha cabeça. – pensou o rapaz enquanto penetrava no olhar da moça, perdendo-se em seu sorriso. A aula começou e logo os sentimentos e atenções se dissiparam. Mesmo assim, ele continuava a observá-la, com admiração. Voltando para casa pensou como conseguiria o telefone de tal moça. Ele não se sentia culpado, já que afinal de contas ela havia rompido o relacionamento. - Impossível. – pensou, cogitando a hipótese de que os ex-namorados nunca sairiam do lado um do outro. Uma semana se passou e a mesma cena se repetiu. Desta vez, deixou o coração do pobre rapaz ainda mais aflito. Ele queria um momento a sós; uma oportunidade de conversar melhor com ela. Deixou a sala de aula frustrado, voltando para casa. E lá, deitado na cama, pensava nela. Apenas nela. Nervoso, catou algumas moedas em cima da prateleira e foi a um bar que ficava ao lado de sua casa. Mal pôde escutar o barulho das moedas caindo em cima do balcão e deparar-se com a mesma encantadora mulher entrando no mesmo local. Seu coração disparou e ele não acreditou no que estava vendo. Os dois se cumprimentaram. Ela e duas amigas da faculdade estavam sentando em uma das mesas. Foi então que ele tomou um hausto de coragem, caminhando em direção as três e perguntando se poderia se juntar a elas. A moça, misteriosa, soltou um sorriso. Um sorriso típico das maiores coincidências. De não acreditar no que estava acontecendo. Ao sentarem-se, os dois tiveram a oportunidade de conversar por quase uma hora. Ela era realmente o que ele imaginara. Linda e encantadora. E o sentimento era recíproco. Eles trocaram telefone, e antes de ir, o rapaz não pôde deixar de arriscar: que coincidência, não? – falou. - E se é. – respondeu ela, com outro sorriso. Foi quando ele sentiu que o destino havia arrumado uma das formas não compreendidas pelo homem de unir duas pessoas. Mas o rapaz não queria saber em destino ou sorte. Apenas no fato de ter conseguido, de forma incrível, sentar-se ao lado de quem ele nunca pensaria em encontrar. Questões vinham à sua cabeça, como: e se eu não tivesse saído de casa? Não. Não era por um acaso; eles tinham esta certeza. E foi assim que tudo aconteceu. De uma forma simples e intrigante. Resta agora saber, na história do tempo e da vida, se eles estavam realmente certos, e se o cara lá de cima havia dado uma mãozinha tão bem-vinda.
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Texto tirado do blog do: R.M
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...Te desejo toda a felicidade do mundo, e volte a escrever, não dá pra enfrentar o mundo sem seus textos inspiradores....Abraços!