quinta-feira, 9 de dezembro de 2010

... EnFrEnTaMeNtO dA vIoLêNcIa CoNtRa a MuLhEr ...

Todas as pessoas que conheço já ouviram falar de dignidade humana, podem não ter total clareza sobre seu conceito, mas conseguem em seu intimo criarem uma ideia do que possa vim a ser a tão falada dignidade.
Na vida, as vezes sem querer acabamos por fazer diversas pesquisas de campo, ao perguntarmos a pessoas próximas a nos, ou até mesmo de nosso ciclo familiar, suas opiniões em relação a LMP (Lei Maria da Penha). As resposta que obtive ultimamente acabaram por me deixar surpresa para não dizer indignada, não pelo fato das alegações de incostitucionalidade da lei. Mas pela total falta de compaixão as vitimas de violência doméstica/familiar. A maioria das pessoas sequer possuem o conhecimento de que a violência sofrida, não se resume apenas em sua forma física, tendo variações entre a psicológica, a moral, a económica e até mesmo a violência simbólica.
Pessoas percebem e sabem que existem desigualdades no mundo todo, e quando essa desigualdade estão presente em países ou culturas totalmente diferentes de nos, enchemos o coração de indignação e fervorosos gritamos a eles pela aludia "dignidade humana". Mas quando é nosso pais, nossa cultura, mães, irmãs e mulheres nossas, fecham-se os olhos e como num discurso decorado diz: "não foram vocês que lutaram por igualdade?".
No Brasil até o ano de 1822, a NOSSA legislação permitia que um homem matasse sua esposa, simplesmente pelo fato de adultério cometido por ela. Até o ano de 2002 o homem poderia devolver sua esposa ao pai, se esta não fosse comprovadamente virgem. (EU DISSE 2002...)
O que fez com que a legislação mudasse? Eu definitivamente não sei...mas não foram por causa das feministas que se reuniam em praças pra queimar sutiãs.
O que é interessante quando se fala em violência contra a mulher, é que estas acostumam-se com a situação em que são sujeitadas e acabam por minimizar as consequências, perdendo a capacidade de escapar da relação violenta. O fim para elas acaba sendo a morte, quando essa morte não é precedida por inúmeras sessões de mutililação, humilhação e abusos sexuais.
Contudo conclui-se que é necessário que as mulheres parem de valorizarem-se de acordo com os sacrifícios que são capazes/forçadas a fazer pelos outros. Que apreendam que ninguém vai nos dá o poder, somos nos que TEMOS que tomá-lo. Que existem sim muitas diferenças entre os sexos (homem/mulher), ou género (ser homem/ser mulher); mas que os direitos são IDÊNTICOS.
Assim é fundamental consideramos TODOS os crimes de violência contra a MULHER, uma grave violação ao DIREITOS HUMANOS. Percebermos que somos formiguinhas, mas milhares de formiguinhas que devem agir no mínimo para evitar o máximo... morte de nossas mães, irmãs, colegas de trabalho, filhas...

domingo, 5 de dezembro de 2010

... TrisTe NaTaL ...


O que nos entristece não é o fato de deixarmos a vida e, sim, o de deixarmos o que dá valor à vida. Quando o ser amado é nossa vida, que diferença haverá entre vivermos juntos ou morrermos juntos?
Por vezes acho o mundo um lugar muito injusto, ele torna a vida das melhores pessoas em um inferno tão rapidamente.
O natal se aproxima e não é como as outras datas, é uma época cheia de sentimentos ruins...pessoas ruins...tragédias...fome...miséria...MORTE.
O que faz ele ser diferente? Um nascimento acontecido a 2 milhões de anos atrás?
Reunir a família uma vez por ano? Comer até não aguentar mais?
Ou simplesmente ignorar as coisas ruins que acontecem por uma noite?
Não acho que é uma data sem importância, mas seu sentido não deveria ser resumido apenas nessas possibilidades.
Por que as pessoas não reúnem-se mais vezes ao ano? Por que elas não se lembrar que a criança que nasceu a 2 milhões de anos atrás é importante em todos os dias de nossa vida?
Quantas pessoas saem na virada do dia 24 nas ruas, para verem os trabalhadores que não foram dispensados para passarem a data em suas casas, para levarem um prato de comida aqueles que não possuem nada...quantas pessoas adotam uma cartinha de natal e tenta realizar apenas um desejo de uma criança carente?
Não sou a melhor pessoa do mundo, afinal talvez seja uma dessas que simplesmente se conforma, afinal não vou ser eu que mudarei tudo. Mas me reservo ao direito de não achar graça alguma nessa data...me reservo ao direito de lembrar das pessoas que não estão mais comigo, daqueles que há alguns anos me abraçavam nessa data...
Sou apenas mais uma em milhões que observa, mas não faz nada para mudar o mundo. Que me tranco em algum canto da casa...quando começam a observar os minutos para o grande momento... e milagrosamente me rendo a existência de Deus, para pedir perdão pelas minhas falhas e pelas pessoas que permiti que partissem sem perdoá-las.